SOBRE NÓS

A minha foto
Penela, Coimbra, Portugal
Somos um grupo de amigos amantes da boa disposição e com alguma queda para a música. Atualmente a Kumytuna é constituída por 14 elementos: António Sousa, Carlos Mendes, Diogo Roxo, Edgar Correia, Jorge Mendes, Nelson Monteiro, Filipe Sousa (ensaiador), Anabela Monteiro, Cristiana Simões, Ermelinda Sousa, Marina Caetano, Paula Gomes, Rita Palaio, Sílvia Rodrigues, e claro, o Hugo Monteiro! CONTACTO: kumytuna@hotmail.com facebok:www.facebook.com/Kumytuna Tlm: 912 758 673 / 914 575 994

HISTÓRICO

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Recordações da “Azulinha”



(Já lá vão uns anitos, mas recordar é viver!! Malta da Kumytuna... deliciem-se e chorem com saudade!!! lol)

Esta é, sem dúvida, uma história verídica, ainda que não comece pelo usual “Era uma vez...”. Trata-se da história da “Azulinha”, a melhor carrinha de todos os tempos, que aguentou uma viagem de ida e volta à Suiça sem... (imaginem!) avarias acima dos 160 contos. Sim, porque se tivesse que haver algum estrago teria que ser superior a este montante: eis o nosso lema! Não há dúvidas, a coisa tinha que ser muito bem feita!

Poderíamos fazer um relato pormenorizado da ida, mas, por motivos de força maior, tal não é possível, além disso o segredo é a alma do negócio... mesmo assim arriscamo-nos a aguçar a curiosidade de todos vós, caros leitores, ainda que em poucas palavras. A malta fixe que a “Azulinha” transportou foi exactamente: o Filipe Roxo (o verdadeiro piloto), o Luís (o outro piloto, peça fundamental desta viagem uma vez que se encarregou de afastar o “Pestana” do verdadeiro), o Sr. Silva (o co-piloto), o Sérgio (o técnico de luzes, às vezes!), o Carlos (que na recente condição de caloiro fez uma breve introdução à praxe, dirigindo assim constantes preces ao senhor seu padrinho...), a Ana (a nossa repórter incansável) e por fim, a Paula (que não fez nada, nem sequer dormiu... deu apoio moral!)

Partimos da Cumieira no dia 26 de Setembro com destino à Suíça (Yverdon) e escusado será dizer que foi uma ida fora de série! Éramos os últimos, mas é caso para dizer que os últimos a rir são os que riem melhor! De dia o trajecto fez-se bem e à noite... bem, à noite foi ainda melhor, já para não falar da discoteca ambulante, dos gritos do Luís vindos do nada e de uma infinidade de situações que não nos cairão no esquecimento. E pronto, isto foi só mesmo um pequeno lamiré. Chegámos, actuámos, pernoitámos, patinámos, passeámos, encantámos... mas isso já todos sabem e não há palavras que descrevam tanto do pouco que vos contámos, só mesmo ver para crer! No dia 30 tivemos que regressar, não que fosse da nossa vontade, mas não fazíamos questão de permanecer na Suíça clandestinamente.... Pois bem, assim sendo, saímos de Moudon e despedimo-nos indesejadamente. Os fiéis amigos da “Azulinha” mantinham-se, à excepção do Luís que foi cantar para outra freguesia. Trocou-nos pela carrinha que ia à frente para assim chegar primeiro a Portugal, não há dúvida, ele foi o elo mais fraco!

À chegada a Lausanne reinava o silêncio. Que mais poderia ser para além da tristeza da partida? Nada, o “Paraíso das Vacas” ia deixar-nos muita saudade. Não pensem que a causa do silêncio era o facto do pessoal já ir a dormir... (não é que faltasse muito, era só uma questão de chegarmos às curvas!) Agora sim, começa um relato mais aprofundado do regresso. Que tal começarmos pela repórter amadora que aspirava a profissional mas que logo deitou as esperanças por terra!? Não citaremos nomes (p’ra já, naturalmente!), mas não foi a Ana. Digamos que nesta altura nascia uma nova repórter que escolheu a pior forma para iniciar uma carreira brilhante e promissora. Imaginem só que, muito convicta do que estava a fazer, tentava filmar com a objectiva da câmara tapada, um verdadeiro fenómeno!

Afinal, o primeiro contacto com o “Pestana” (amigo do peito de alguns) ainda foi antes das curvas, a 50 Km de Genéve só não dormia o verdadeiro piloto (Filipe), a futura–recente repórter (Paula) e o caloiro (Carlos). Pode parecer ironia do destino, mas não é que quando os resistentes decidiram comer um chocolate todos acordaram com o cheiro? Pois é, tiveram que nos ajudar a comê-lo! Acreditem que é com pesar que o dizemos já que era realmente bom.

Deu-se início ao “inferno das curvas”. Estaríamos realmente no caminho certo? À ida não tínhamos passado por ali...
Às 11:10 chegámos à fronteira “La Cure”, desta vez a “Azulinha” não era a última mas sim a do meio, e muito bem, pois no meio é que está a virtude! Tivemos a nítida sensação que aqueles polícias impunham um certo respeito. Talvez por isso, todos os condutores abrandaram a marcha, afinal tratava-se de uma situação deveras delicada. Passou a primeira carrinha..., passou a “Azulinha” e... STOP!!! A terceira teve que parar. Não é que o Jorge tenha cara de mafioso, os polícias é que fizeram questão de dar uma vista de olhos nas fotografias dos bilhetes de identidade das meninas... O que interessa é que também passou e às 11:15 já estávamos em território francês. Mais à frente parámos num hipermercado para ir às compras, mas só depois de termos saído das carrinhas é que constatámos que estava fechado, será normal? E por falar em coisas normais (ou não!), a Sandra viu o Filipe a tirar fotografias e disse que estávamos a ser filmados... Mais uma para a posteridade!

Às 12:00 parámos em casa do Sr. Augusto que nos quis oferecer “uma pequena bucha”, vejamos: presunto, leitão, montes de bebidas, etc., etc., etc... Um autêntico manjar dos deuses! Se uma bucha era assim, imaginem um almoço! Assim, após uma breve paragem (de 3 horas!) para a “pequena bucha” lá partimos com destino à próxima fronteira. A certa altura acendeu-se uma luz estranha no tablier e, vá-se lá saber porquê, tivemos que parar para abastecer, mas nada de Plus porque era mais caro! Depois de muita agitação da carrinha, no verdadeiro sentido da palavra, o depósito estava atestado.

Com dúvidas acerca do percurso, o Filipe perguntou ao Carlos se estávamos a ir na direcção certa. Ele pegou no mapa e respondeu: “Vais bem, é por aqui. Mas vens de onde?” – Sem comentários! Às 00:42, para quem não iria dormir, o caloiro emitia uns sons suspeitos. Parecia um porco, sem querer ferir susceptibilidades, é claro!

A malta restante curtia a música e segundo uma rima da autoria do Sérgio: “O Silva ia de olho aberto à condução do Zé Alberto!” Às 04:22 estava tudo de repouso menos a Paula, e o Nelson e o Carlos que teimavam em procurar um camionista português para lhe pedir uma cama. Estavam realmente cheios de sorte e por sinal no pleno domínio das suas faculdades...(ironia!!!) Por volta das 06:00 era hora de partir. Tinha que ser por causa do tráfico... perdão, tráfego! Depois de pagar umas quantas portagens, de o Luís ter regressado à “Azulinha” e dormir que nem um cavalo (o que nos deixou deveras preocupados... para quem não tinha sono adormeceu muito depressa!), percebeu-se que os únicos resistentes ao sono eram a Paula e o Roxo, que remédio!

Às 08:07 passámos a fronteira de Hendaye, foi precisamente após 16 minutos que avistámos uma bandeira Portuguesa. Também, já tínhamos saudades! Depois de ter dormido cerca de 30 minutos, o Luís acordou numa das portagens, perguntou: “São 5.30?” e voltou a adormecer. Perceberam? Nós também não! Trata-se, sem dúvida, de mais um mistério por desvendar da nossa atribulada viagem! Não pensem que ele foi sempre a dormir. Passados alguns momentos tivemos que parar para abastecer novamente e ele fez questão de ir rapidamente ao cabeleireiro. Não teve mãos a medir e o resultado foi mesmo deprimente, podíamos colocar aqui uma foto a ilustrar esse momento, mas é melhor não!

Espanha foi cheia de emoções, principalmente no que toca ao Filipe: lá apostou num new look para a próxima estação e inchou que nem um boneco da Michelin (causa principal: o ar da Espanha).

Às 16:14 passámos a fronteira, estávamos em Vilar Formoso. POORTUUGAAAAAL!!!

A partir daqui não diremos mais nada. Já toda a gente ia acordada e desejosa de avistar o mais rápido possível a Cumieira. Mentalmente todos fazíamos a contagem decrescente dos quilómetros... e por mais que faltasse sabíamos exactamente até que ponto ia o “já ali”. Agora sim, já conseguíamos medir distâncias e sabíamos que a Suíça não era já ali, ai de alguém que dissesse o contrário! Como é, voltamos lá?!? É já ali...

(Setembro 2002)

1 comentário:

  1. E foi tudo muito bommmmmm... ehehehe!

    Desde a caserna e as aventuras que por lá se deram (...), às grandes actuações que fizemos, arrisco-me a deixar no ar duas frases memoráveis:

    "Queres ir à neve??"

    e ainda...

    "Já actuamos em cemitérios mais animados"

    Brutalíssimo!!! ;O)

    ResponderEliminar